
I
contenho a perda de mim
atravessado pela febre gaguejante
dos cimos nus ao meu redor
II
mortos pai e mãe escapo-me filho
sou um barbante enrolado
no dedo magrelo de deus
III
despertos medo e ternura avanço-me resto
sou o risível costurado ao perdão
que jaz estampado nos olhos de deus
contenho a perda de mim
atravessado pela febre gaguejante
dos cimos nus ao meu redor
II
mortos pai e mãe escapo-me filho
sou um barbante enrolado
no dedo magrelo de deus
III
despertos medo e ternura avanço-me resto
sou o risível costurado ao perdão
que jaz estampado nos olhos de deus
Gostei um tanto da ideia de ser um barbante nos dedos de deus. Tão frágil, a situação, e tão manipuladora ao mesmo tempo.
ResponderExcluirUm abraço.
Muito bom. Mesmo.
ResponderExcluirnão somos mais que isso, de facto.~
ResponderExcluirmuito belas, as palavras. beijos
bonito
ResponderExcluirna falta de textos de 2011, leio os antigos, sempre lindo aqui.