sexta-feira, dezembro 15, 2006


recusei a fé dos homens
descobri a insensatez dos anjos
vivi meu inferno e não preciso do teu

escarro felicidade em nome da indiferença
permaneço quieto quando nada mais faz sentido
escaparei inteiro aos presságios da razão

minhas memórias têm olhos vazados
minh’alma é morada do corpo
sede de rio desaguando nascedouro do sol

5 comentários:

  1. o louco anda pela rua
    conversando com seus demônios
    ele não está em si
    mas, estará ele só?
    essa dimensão da solidão
    em que mil vozes lhe perturbam
    e você não consegue achar a paz

    o louco procura brechas,
    cava buracos
    a PAZ
    que ele procura em cada junta
    em cada bueiro
    em seu desespero
    ele nunca conseguiu encontrar

    a felicidade, pisoteada
    a indiferença, ignorada
    a razão, essa inexistente

    toda a vida
    exposta em lágrimas
    que nunca souberam cair

    (os olhos do louco
    com um brilho fosco
    passam para trás os fatos
    e vivem a dor que não cansa
    da existência de si)

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  2. Passei para desejar boa semana preparatória do Natal e apreciar este sempre interessante blogue, atraente pela qualidade e desvelo inerente. A qualidade de braço dado com o bom-gosto e bem bonito. Assim vale a pena...

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  3. por aqui...
    "minhas memorias tem olhos vazados..."...grande!

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  4. A recusa é uma forma de afirmação. Que em ti se faz forte , nas palavras que leio.

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  5. venho sempre e em silêncio comungo e reverencio tuas palavras. mas hoje é dia pra se dizer, não da dor que escapole entre as pedras do chão, mas do fio de esperança que precisa dali brotar. paz e saúde p´ra você! beijo.

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