quinta-feira, dezembro 07, 2006


quando dezembro chegar
com as vestes amarrotadas
tendo às mãos um amontoado
de esperanças desfeitas
para anunciar o novo ano
tão decadente e mentiroso
como todos os anos-novos
que por aqui antes nos habitaram
o que direi de mim?
o que direi de ti?

7 comentários:

  1. Douglas, quero um ano novo, realmente novo.
    Acho que todos queremos, né?
    Ainda que o cotidiano desminta os desejos.

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  2. Passei para desejar óptimo fim-de-semana e apreciar esta interessante página, onde impera a qualidade e bom gosto, sendo tudo bonito. Até breve.

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  3. Cada dia é mais importante que cada ano. Só existe o Hoje. Este preciso momento em que te leio e nada mais.

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  4. dirás aos outros o que disseste a cada novo ano
    com um sorriso idiota na cara,
    e um punhal no peito

    feliz ano novo;

    a ti dirás o silêncio
    bocejado em manhãs cinzentas
    sorvido a cada gole
    do veneno que aos poucos te mata

    a mim, se acordares,
    talvez digas adeus.
    se continuares a sonhar,
    cantarei cantigas de ninar para que não despertes;
    quem sabe morramos,
    ou quem sabe sejamos felizes.

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  5. Não diga nada...não vale a pena.
    Espere pelo novo que sempre traz pelo menos esperança ou fastio.
    É melhor que o definitivo.

    beijos

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  6. o novo só acontece dentro de nós, em qualquer tempo que desejarmos.
    :)
    beijão.

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  7. Dirás que sim. Dirás que queres. Dirás que querem percorrer os caminhos novos sem ano novo...
    abraços sempre renovados.

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