A solidão fica escondida nas conchinhas que vez por outra encontramos numa praia qualquer [remoendo por dentro, junto ao som do mar e ao cheiro do vento, nunca desistindo de nós] Fica nas manhãs que encontram meus olhos a procurar os teus – um desencontro composto de peças já encaixadas, rigidamente acomodadas junto ao sol. A solidão escapa-nos quando o silêncio cresce comprimindo as vértebras, deixando-nos abandonados feito zelador d’um carrossel que não gira, faroleiro numa madrugada sem tempestade, um velho espelho partido com imagem alguma pra respirar.
Palavras se esticam quando silêncio ronda. Frestas se abrem quando grades prendem. Abismos escapam pelas sombras do chão quando o sol vem.
ResponderExcluirSempre intenso...
ResponderExcluirA intensidade de tuas imagens troume-me à memória parte de umtempo em que vivi e o mar era a outra parte. Hoje, cercado de prédios, as únicas margens que vivo são as longas avenidas e seus leitos conformados com o destino. abs.
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