terça-feira, fevereiro 22, 2011


ao amigo esquilo

retorno ao lar
que nunca me soube
[dele carrego um silêncio preenchido pela angústia de terminar só]

as paredes o teto os móveis as louças continuam lá
só não a morte
[que partiu com os sorrisos as brincadeiras o cheiro do bolo de fubá]

esta casa já não me habita...

[sou um homem que perdeu a infância]

9 comentários:

  1. O medo de terminar só é denúncia e constrangimento de todos os que assim também chegamos.

    Gosto (já te disse isso, né?) da forma como o dizes.

    Beijo,

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  2. Douglas, estive em Belém em setembro de 2009. Aliás, amei esta cidade com suas sete( mil) janelas. A foto foi em um parque na beira do rio, tem um borboletário, flamingos, vários decks sobre a vegetação de um mangue, lendo eu. Que péssimo, esqueci o nome!

    Beijo

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  3. DD que bela sempre a tua poesia.
    Há um tempo que não vinha até cá.
    Deixo um beijo

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  4. parte um céu azul
    imenso
    com a delicadeza das linhas
    coloridas de ontem

    e o vento..
    nas mãos

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  5. A solidão faz isto...medo.
    Mas você conseguiu tirar poesia da solidão.
    Belo poema,
    um abraço muita luz para ti.

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  6. oi D. !
    vc lembra a noite em que pariu este blog e ao mesmo tempo conversavamos no chat poesia? hehehe eu já nem lembro o apelido que usava, mas lembro de ti (o único poeta de verdade que vi por lá)
    abs

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  7. Douglas querido, é com muito gosto que recebo suas palavras e delas faço travesseiro de deitar e dessofrer.

    É com ansiedade e vício que sempre volto ao quintal em que corremos, à ferrovia abandonada, ao ribeirinho.

    E na linguagem sentida é tudo tão mais leve, você não acha?

    Eu o amo simples qual a interação entre azul céu e vermelho pipa.

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