o que hoje ouvimos em ti, antes chamaríamos vida? frágil, feito gotas de chuva descendo pelo telhado. cansado, feito amanhecer que desconhece o orvalho. antes, quarto algum acomodaria tua felicidade, escrita em desespero e embriaguez? não havia arrependimento ou culpa e isso te fazia sorrir como jamais sorriria alguém. por que então aqui estás, apequenado diante desse deus a quem não davas atenção? tuas palavras não tinham contornos e revelavam de ti o sombrear da lucidez. tua loucura atravessou a alma dos homens e alcançou a infância por eles deixada pra trás. sabias o nome dos que amavas, não eras esse trapo desmemoriado que mija em si mesmo, mal sabendo a quem chamar quando a dor é insuportável. é o que resta. é o que fica. tuas mãos ossudas e pálidas. teus olhos vazios e fixos. e os teus cabelos...como são belos os teus cabelos quando refletem os primeiro raios do sol.
bonito...
ResponderExcluirtem um meme pra vc no sementeira...
ResponderExcluire um abraço aqui, pela beleza das palavras tuas!
esta prosa me faz refletir mais ainda sobre "religião"...
ResponderExcluirveja-se la
ResponderExcluirVenho aqui e te releio. Não sei se me espanto
ResponderExcluirou me identifico.
Tenho também destas
loucuras
por vezes.
Abraço de quem retoma o verbo, poeta. E de quem gosta de ressuscitar te lendo.
Cecilia
Putaqueopariu!
ResponderExcluir*CC*
"Como são belos os teus cabelos quando refletem os primeiros raios de sol." - QUe imagem singela e bonita!
ResponderExcluirObrigada pela visita! Apareça sempre que puder e quiser. Estou passeando pelos seus outros blogs, porque só conhecia o "eu, espantalho". Mas são todos lindos!
Beijos.