domingo, agosto 19, 2007

por fim, despertara
muito embora ainda não soubesse
pois há tantas gerações caminhava entre os vivos
arrastando suas memórias como quem envelopa um adeus
que agora não passava dum forasteiro de si próprio

por fim, descansara
antes fosse esse homem feito de palha
com as mãos estendidas ao infortúnio
descobrindo à sombra da solidão
que a felicidade é um lugar possível de sonhar

(agosto chegara ao fim quando abriu as janelas do quarto
e esperou os primeiros raios do sol)

5 comentários:

  1. ai moço! quando o fim acaba? hum?
    beijo grande

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  2. a felicidade é um lugar possível de sonhar?

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  3. escrito de dor e horror de si mesmo,poema e filosofia em perfeita armonia

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  4. me diz
    em qual blog teu eu li:

    "o que resta de
    nós
    migalhas desses
    nós
    é o que somos
    quando somamos
    o eu ao tu
    e continuamos
    sós"

    bisou

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  5. Sempre dizendo muito teus poemas
    obrigado

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