dezenove de abril
nossa casa ficou vazia
as paredes calaram nossas vozes
o jambeiro perdeu todas as cores
os brinquedos espalhados
pelo quarto do meio
não mais foram brincados
envelheceram por dentro
como se fossem ossos nus
& as joaninhas
& os percevejos
& os calangos do jardim
entristeceram ao pôr do sol
levando a primavera embora
porque a morte lá esteve
para roubar a nossa mãe
nossa casa ficou vazia
as paredes calaram nossas vozes
o jambeiro perdeu todas as cores
os brinquedos espalhados
pelo quarto do meio
não mais foram brincados
envelheceram por dentro
como se fossem ossos nus
& as joaninhas
& os percevejos
& os calangos do jardim
entristeceram ao pôr do sol
levando a primavera embora
porque a morte lá esteve
para roubar a nossa mãe
ah, a morte! Essa presença perpértua sempre a nos velar...
ResponderExcluir[jb]
Assustadora e inevitável morte...
ResponderExcluirmorte como coisa natural, como beleza da natureza inteira que é nossa mãe. bonito moço! ela sorri agora.
ResponderExcluirVim aqui te contemplar quase em silêncio e agradecer a beleza do que vc escreveu lá pra mim. Foi como um abraço quente. Retribuo.
ResponderExcluira minha data é 29 de Abril...
ResponderExcluirBeijo-te solidariamente na tristeza da lembrança da perda.
Eu já conhecia o poema. Muito bom!
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