é segunda-feira e custa a amanhecer em belém – meus fantasmas prolongam o ciclo das estrelas [arrastam âncoras feitas de amargas lembranças e fazem da lua um semi-círculo decadente e tristonho]
dói-me a alma num lugar que não consigo alcançar – de nada adiantam cortes cirúrgicos ou as orações ensinadas pela minha mãe [por aqui, vagam falsas impressões besuntadas de culpa e redenção]
dói-me a alma num lugar que não consigo alcançar – de nada adiantam cortes cirúrgicos ou as orações ensinadas pela minha mãe [por aqui, vagam falsas impressões besuntadas de culpa e redenção]
espantalho, surpreendo-me com a crueza indisfarçável do teu abandono e colo nas retinas os momentos nos quais fui feliz [metade do que descubro sangra poesia, enquanto emudece em sofreguidão aquilo que em mim não sabe dos anjos, o olhar]
Espantalho...figura feliz no prado olhando as flores e servindo de poiso aos animais alados....eles sabem o olhar dos anjos e ajudam-nos a secar as dores da alma, porque espraiam o olhar mais além...espantam a solidão!
ResponderExcluirUm abraço alado!
teresa
"crueza do teu abandono"... algum abandono deixa intacto o "objeto" abandonado? feridas de abandono têm cura? como se transforma em espantalho?
ResponderExcluirum beijo
Os abandonos descolam as retinas da luz. Espantalhos em preto-e-branco, como num filme antigo, o beijo roto, o sangue duro.
ResponderExcluirTriste o teu poema, me contou meus abandonos.
Beijo,
aqui neste sul de mundo eu sou um teu igual. custa muito amanhecer apesar do sol alto antes das 6h.
ResponderExcluirrubens
é sempre, Douglas, a dilacera a pele e tudo o mais.
ResponderExcluirsaudações
Oi Douglas,
ResponderExcluirlindo texto
beijos
Joana
Colar na retina os momentos em que fomos felizes. Colá-los dentro do peito com sofreguidão.Apagar o abandono. Como?
ResponderExcluirAh...mas você traz dos anjos o olhar. Poesia e dor. Isso me leva, me leva. Beijo.
ResponderExcluirAbandono. Dono dos olhares perdidos. Um beijo.
ResponderExcluirApresento-lhe a vida caro Douglas.
ResponderExcluirMuito obrigada por sua visita a minha casa virtual.
Sinta-se sempre a vontade nela.
Foto digital?
Abarços.
Douglas, não consegui deixar comentário em seu outro endereço... Sabe o motivo?! Mas.. Gostei demais de ler : ) Fantástico. Beijo!
ResponderExcluiruma dor conhecida e difícil deixa transparecer aqui, é belo o texto e traz o transparente incômodo de toda segunda. meu beijo.
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