
Liquefaço-me [se a fluidez do rio me é impossível, sigo na minha reticência de homem só] Eu trago nas margens os horizontes que em ti escondias. O lodo dos meus pequenos devaneios, a cartilagem da lucidez. Atravesso meus dias conversando baixinho com o resto de luz que a tua partida congelou como se fosse aurora sufocada entre os girassóis. Eu não saberia devorar o abismo dos teus olhos. Eu não suportaria a leveza da tua indiferença. Na contramão do destino, fosse eu poeta e escreveria um fim que não empalidecesse jamais. Escaparia de te perder pra mudez do frio. O mínimo espaçamento entre desistir e seguir derrotado. Diante das imagens soltas que não consigo colar, que faço eu do teu ressoar vazio no centro de doces memórias?
Oi! Nao irei escrever poesias...Nao seria tao ousada.
ResponderExcluirPrefiro apenas me alimentar das suas. Beijos