A solidão... Quando as paredes do quarto ganham outras formas e texturas. E as cores parecem mais distantes. Quando a alma tateia a superfície do medo. E o peso de cada momento redobra. Mesmo a chuva, que lá fora varre esqueléticas lembranças, como os pulsos, que recorrem ao meu estranho paladar, inúteis são. Neste agônico lamento, a crueza do abandono resvala nas horas. A dormência dos indigentes infesta os sonhos. Caem sobre meus ombros o que restou das recordações. [Povoada por sons, a melancolia que há nos sóis poentes avermelha a sanidade que em mim persiste.] Um lampejo e sou deus. Um aceno e desfaço ilusões. Um segundo a mais e seria poesia.
todo o tempo a menos e é poesia..
ResponderExcluirsim...
ResponderExcluir(e silêncio
e dor)