terça-feira, fevereiro 22, 2011


ao amigo esquilo

retorno ao lar
que nunca me soube
[dele carrego um silêncio preenchido pela angústia de terminar só]

as paredes o teto os móveis as louças continuam lá
só não a morte
[que partiu com os sorrisos as brincadeiras o cheiro do bolo de fubá]

esta casa já não me habita...

[sou um homem que perdeu a infância]

terça-feira, fevereiro 01, 2011


.
invejo deus

porque a ele não pertence a morte

matéria imprecisa que é

só a nós,

que na fundura do momento

nos sabemos

vagantes

desatinos

maldizeres

solidão